Um dossiê com os problemas encontrados nas delegacias de Pernambuco será entregue hoje à Polícia Civil. O documento realizado pelo Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol/PE) será levado esta tarde à sede da corporação, na Rua da União, no bairro da Boa Vista.
O levantamento mostra a situação das delegacias na Região Metropolitana do Recife (RMR) e no interior do estado. As irregularidades foram constatadas durante 11 dias de trabalho e visitas a cerca de 120 imóveis.
De acordo com o Sinpol, a grande maioria dos prédios apresenta péssimas condições estruturais, com paredes rachadas e tetos cedendo, falta de xadrez, de banheiros, alojamentos inadequados, falta de equipamentos de trabalho, pouco efetivo, além da quantidade insuficiente de materiais essenciais de proteção como coletes à prova de balas.
Na Delegacia de Caruaru, há uma piscina desativada, oferecendo risco à proliferação do mosquito da dengue; na de Canhotinho, os agentes, homens e mulheres, usam o vaso sanitário da sela e o móvel já foi interditado pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) em 2011 por conta da presença de morcegos, fiação exposta, mobília velha, material apreendido exposto na área externa da delegacia ou ocupando o espaço de trabalho. Os agentes fazem cota para pagar funcionários de limpeza e botijões de água mineral.
Delegacias com ordem de despejo, corte de luz e de energia, são problemas encontrados em várias unidades. Em Paudalho, na Mata Norte, o prédio é da Promotoria Pública, que já solicitou a devolução, enquanto o prédio sede está em reforma há três anos. Há dois meses, a delegacia está sem delegado titular. De acordo com o Sipol, o antigo se aposentou e o titular do Curado está acumulando as duas funções. O efetivo conta com 19 policiais, mas o plantão é coberto apenas por um agente.
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